ENTARDECER
O teu gosto ficou embebido em mim.
Na curva do pescoço
No sorriso,
Na cintura que desenhei com a ponta dos dedos,
No redemoinho dos nossos corpos
Naquela tarde de todos os silêncios em quebra-luz
05.07.25
ENTARDECER
O teu gosto ficou embebido em mim.
Na curva do pescoço
No sorriso,
Na cintura que desenhei com a ponta dos dedos,
No redemoinho dos nossos corpos
Naquela tarde de todos os silêncios em quebra-luz
05.07.25
“ EXTENSÃO”
Se o desejo
Desabrochasse
Em todas as flores
Que me dás
Nossos corpos
Seriam campos imensos
De amores-perfeitos.
96.08.10.
Desculpem se vos maço mas vou deixar ficar aqui mais um dos meus poemas.
“ETERNO RETORNO”
E se um dia
Te dissesse
Que é por
Aquela janela
Que a luz entra?
Aquela que
Nunca abres
E se perde na memória
Inexistente
À qual
Os teus passos
Voltam.
02.02.13.
“MORADA”
Vem deitar-te comigo
Entre os lençóis
Porque pautamos
A vida
Ergue-te
Sôfrega
E de um só
Fôlego
Faz-me tua
Amo-te
Em cada
Olhar
E
Gesto
Moras em mim
Como as
Heras.
01.01.25
Deixo-vos sem qualquer pretensiosismo um poema da minha autoria.
“ PONTUAÇÃO”
Quero que
Não esqueças todas as vírgulas
Os riscos multifacetados dos hífenes
As dúvidas que emergem das interrogações
As surpresas matinais de cada exclamação
As reticências atravessadas na garganta
Mas acima de tudo
Que nunca coloques o ponto final
95.09.03